2015-04-06
Texto: Carlos A Henriques
O aparecimento dos drones na actividade televisiva veio dar um grande impulso a qualquer tipo de aplicação, desde uma reportagem ENG sobre um incêndio ou a chegada à meta do pelotão no final de uma prova velocipédica, assim como na rodagem de documentários, nalguns casos por questões de segurança, ou em ficção sempre que se torna necessária a inserção de imagens aéreas, sem esquecer os espectáculos ao vivo em que nem sempre a grua dispõe de espaço de manobra para a sua acção ou ainda como complemento desta.
Associando, agora, a sua prestação a redes celulares, Wi-Fi e WiMAX, do tipo Teradek, LiveU ou outro, eis que o Mundo fica aos nossos pés bastando apenas a existência de cobertura por parte das operadoras de telemóveis, quantas mais melhor, dado que o que se faz neste tipo de ligação é a distribuição por vários cartões da imagem e do som captado.
A Televisão pública Britânica, a BBC, foi uma das primeiras estações a enveredar por este tipo de associação de tecnologias, ou seja, o “casamento” das prestações dos drones com os das transmissões de conteúdos jornalísticos através das redes de telemóveis, constituindo, agora, uma equipa ENG especializada no uso destes meios.
O Peso Posto Em Jogo
O desenvolvimento da tecnologia que envolve a fabricação dos drones vai no sentido de os tornar, cada vez mais, num objecto de peso relativamente pequeno, em torno dos 2Kg, no qual o consumo do combustível seja mínimo, o que lhe vai conferir uma autonomia temporal de maior ou menor latitude, dado haver entre ambos uma relação de proporcionalidade inversa.
Se agora entrarmos em linha de conta com o peso da câmara a utilizar, verifica-se, também, uma necessidade crescente da diminuição do seu peso, o que está a acontecer com as principais marcas graças ao desenvolvimento de modelos concebidos para tal fim.
As Necessárias Prestações
A navegação de drones, sujeita a legislação própria a nível de cada país, recorre a três partes distintas, que o mesmo é dizer, ao drone propriamente dito e ao equipamento que transporta, assim como a um pequeno painel de telecomando do mesmo e um outro painel através do qual se opera a câmara, havendo ainda a possibilidade de uma navegação 100% automática através do recurso a uma programação prévia e a um sistema GPS que garanta a sua concretização.
Caso haja falha dos meios de orientação envolvidos, os drones são programados para não irem além de 1 a 1,5Km e retornarem à origem pelos meios próprios de navegação.
Dado que a autonomia está, por enquanto, entre 15 e 20 minutos, caso o combustível se esgote antes que o drone regresse à base, o mesmo é portador de um pára-quedas e de um sistema de auto-aterragem, evitando-se deste modo os possíveis estragos na queda.
A Colaboração Indispensável
A empresa italiana Italdron desenvolve e fabrica desde 2008 drones de uso generalizado, contudo com o acordo estabelecido com a LiveU passou a dar atenção a aspectos tão peculiares à actividade televisiva como, por exemplo, o baixo nível de trepidação e movimentos suaves da aeronave, o que permite a obtenção de imagens espectaculares a partir de pontos de especial destaque.
Como consequência, eis que surge no mercado a nova unidade LU200, a qual pesa apenas 500 gramas, podendo a mesma ser controlada no terreno por um único Operador, ou, alternativamente de um modo remoto a partir de um computador que recorra a uma plataforma de gestão LiveU Central.