A anteceder o período, propriamente dito, da exposição, acontece em todas as edições, durante dois dias, o chamado Digital Cinema Summit, no qual se cruzam os verdadeiros fazedores de sonhos em 3D.
Este ano o Summit decorreu de 10 a 11 de Abril, tendo sido frequentado por mais de 500 delegados, os quais das 7H30 às 17H30, foram completamente invadidos pelo que de mais avançado se está a produzir e a realizar no campo do 3D a curto e médio prazo, assim como previsões para os próximos 10 anos.
Com o advento da televisão 3D, o Summit passou também a ser aqui discutido graças à contribuição de dezenas de especialistas de todo o Mundo e ao alto patrocínio da EBU (European Broadcasting Union), tendo-se associado, mais uma vez, os veteranos SMPTE (Society Motion Pictures and Television Engineers) e o ETC (Entertainment Technology Center), razão pela qual o lema escolhido para este ano foi:
“3D-CINEMA AND HOME”
Os vários oradores deram uma vista geral sobre os principais problemas que a rodagem, edição, distribuição e exibição dos conteúdos 3D levantam nos vários domínios.
Como tudo na vida, nada melhor do que começar pelo princípio, ou seja, pelo modo como o cérebro humano avalia as imagens estereoscópicas, da responsabilidade de Peter Lude (Sony), passando-se de seguida à demonstração dos conceitos anteriormente apresentados, cabendo a Steven Schklair, CEO da 3ality tal proeza, pois num curto espaço de tempo e com recurso a uma super-equipa e máquinas apropriadas, deixou o auditório desperto para os reais problemas da captação em 3D e as múltiplas correcções necessárias antes da ordem:
“ACÇÃO”
Seguiu-se um painel cujo tema em discussão foi o da necessidade de se criar a curto prazo conteúdos, não só para o Cinema, mas fundamentalmente para Televisão, pelo que o recurso à conversão de material 2D para 3D será um dos procedimentos a seguir, aliás como já aconteceu com “Star Wars” de George Lucas, aguardando, contudo, que o número de salas nos EUA preparadas para a projecção 3D permita obter lucro do investimento feito.
A questão a reter da discussão havida em torno deste tema foi o de se saber se a conversão 2D/3D em tempo real é uma opção a ter em conta, ou, pelo contrário, terá que haver a mão humana nos ajustes que envolvam a criação de imagens 3D com a qualidade pretendida, o que torna o processo mais caro e moroso?
Sucederam-se vários temas que carecem de um desenvolvimento próprio, pelo que na crónica de hoje apenas iremos apresentar os respectivos tópicos, que foram:
Qualidade na Produção e Pós-Produção;
Após a captação – Que outras ferramentas existem?
Estereografia e Argumento;
Cinema Digital (3D incluído): Relatório actividades;
Aspectos técnicos do Cinema Digital;
Técnicas de Produção e Projecção Imersiva;
Distribuição de TV 3D – Que plataforma terá sucesso?
Poderá vir a existir uma norma mundial comum de emissão de TV-3D?
Ecrãs domésticos para 3D;
Experiência doméstica do consumidor 3D;
Daqui a 10 anos como será o 3D?
Contudo, no final da Key Note de John Honeyatt (Discovery Communications), no segundo dia do Summit, a anteceder a hora de almoço, foi dado conhecimento pelo “speaker” que a Sony iria lançar em Julho, o seu modelo compacto de câmara 3D.